terça-feira, 24 de maio de 2011

Motoqueiros são grandes usuários do SUS.

Notícia divulgada hoje pelo jornal Bom dia Brasil informa que motoqueiros vitimados em acidente de trânsito são a esmagadora maioria dos usuários do maior hospital do nordeste. 90% das pessoas internadas.

Essa informação, por um lado, mostra a necessidade cada vez maior de segurança por parte daqueles que andam de motocicleta e, por outro, aponta para uma das causas das falhas de atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde). Sim,  porque o normal é crianças e idosos precisarem de saúde pública, por causa das fragilidades do organismo, mas quando jovens e adultos em pleno vigor físico ocupam 90% dos leitos de um hospital, isso acaba prejudicando as crianças e idosos, que precisaram esperar para serem atendidos.

Em Xique-xique, a realidade não muito diferente. Talvez, o índice de atendimento dos hospitais da nossa cidade não seja tão alto como na capital de Pernambuco, mas com certeza a grande maioria dos xiquexiquenses que precisaram ir para o Hospital Geral do Estado, em Salvador, o foram por causa de acidentes com motos. É realidade como essa, enfim, provada por números estatísticos, que faz com que O Xiquexiquense seja contra a dispensa legal do uso do capacete, que no final das contas é o principal item de segurança da vida do motoqueiro.

Segue, portanto, a reportagem do jornal Bom dia Brasil de hoje. Para assistir ao vídeo, clique aqui.
Vítimas de moto ocupam 90% dos leitos do maior hospital no Nordeste
A falta de prudência não tem limites. Em geral, eles chegam com fraturas. Ao entrevistar as vítimas, a equipe médica se surpreendeu com informações.
No maior hospital do Nordeste uma estatística é alarmante. A falta de prudência parece não ter limites. Até que um dia, acontece o acidente. “Me sinto desprotegido. Porque na moto, a proteção do camarada é o corpo”, contou o agricultor José Romariz.
No maior hospital de emergência do Nordeste, 90% dos leitos das enfermarias reservadas para os homens estão ocupados com vítimas da motocicleta. Em geral, eles chegam com diversas fraturas. A equipe médica decidiu entrevistar os que tinham condição de explicar o que aconteceu e chegou a informações surpreendentes.
Ao todo, 77% dos entrevistados confessaram não ter habilitação. Adriano, por exemplo, levava o filho de 5 anos na garupa. “A moto é uma arma perigosa”, disse.
O agricultor José Edson teve fraturas no corpo todo. Também não estava habilitado e tinha acabado de comprar a moto em 48 prestações. Só chegou a pagar a primeira. “Tenho que pagar, mas não vou usar mais e vou vender. Moto jamais”, contou o agricultor.
Ao todo, 5% dos pacientes pesquisados tiveram amputações, 6% ficaram paraplégicos e 30% admitiram que tinham bebido. A quantidade de acidentados com motos só cresce. O número de pacientes triplicou nos últimos dez anos. Eles ficam meses internados e passam por diversas cirurgias. O tratamento é caro.
“Além do paciente ser grave, ele é um paciente de alto custo e que ainda vai ter aposentadoria precoce, sobrecarregando a previdência social”, acrescenta o médico João Veiga, coordenador da pesquisa.

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